FMI, muito se tem falado desta sigla. Mas o que é afinal? O Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma organização internacional que pretende assegurar o bom funcionamento do sistema financeiro mundial pelo monitoramento das taxas de câmbio e da balança de pagamentos, através de assistência técnica e financeira. Que impacto terá nas vidas de cada um de nós, se se confirmar a entrada em Portugal do Fundo Monetário Internacional? Começo por falar sobre algo que a maioria dos leitores até vai gostar de ouvir e a primeira coisa que vai pensar será: “Que venha de lá o FMI”. Muito provavelmente uma das medidas que os especialistas do FMI irão tomar, será a redução das empresas público-privadas criadas pelo Estado. Mas ao mesmo tempo que “emagrece” o estado vai também emagrecer os bolsos dos portugueses. Não é preciso ir muito longe, basta perceber o que foi feito na Irlanda e na Grécia. Começando pelos funcionários públicos que são quem tem mais a temer. Muitos dos funcionários públicos têm o seu lugar em perigo. Muitos funcionários públicos vão ser despedidos. O salário mínimo que chegaria aos 500 € até ao final do corrente ano, deve sofrer uma diminuição. Todos os salários devem ter um corte de cerca de 25% e deve deixar de existir o chamado 13º mês. Mas como isto por si só não será alarmante, vou fazer umas contas simples. Estudos recentes mostram que o salário médio nacional ronda os 800 €. Esse salário daria em média um rendimento anual de 11200€. Com os cortes nos salários previstos e com a perda do 13º mês, o mesmo trabalhador teria um rendimento anual de 7800€. O que significa uma perda de 3400€ por ano. Caro leitor, a vinda do FMI coloca as contas públicas na ordem, mas o bolso de cada português fica mais vazio. Estes são os sacrifícios duros, muito duros que todos os portugueses vão ter de fazer para voltar a colocar o país no rumo certo.
Infelizmente está provado que em Portugal reformas estruturais só funcionam à bruta. Desta forma não há lobby, não há classes profissionais a pressionar para não se mexer nas suas regalias, não há classes sociais ou profissionais de primeira, nem de segunda.
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