quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Orçamento de todos os Portugueses!

Antes de começar com a minha primeira crónica, quero agradecer a oportunidade de escrever semanalmente no jornal “Independente de Cantanhede”. Espero todas as semanas dar a minha humilde opinião sobre temas da actualidade Nacional e Concelhia. Esta semana venho falar-vos do assunto que tanta tinta fez correr nos jornais nacionais. O Orçamento de Estado de 2011. Quando falamos neste Orçamento de Estado, falamos nos cortes nos vencimentos superiores a 1500 € no sector público, no aumento do IVA, na diminuição de alguns subsídios. Falamos, como todos dizemos, em “apertar ainda mais o cinto”. Este orçamento é um orçamento difícil e duro para todos os portugueses, com principal destaque para quem trabalha na Administração Pública ou para empresas onde o capital é totalmente detido pelo Estado. Existem vários responsáveis para o actual governo se ver “obrigado” a tomar medidas de austoridade tão severas e radicais. Desde o dia em que D. Afonso Henriques fez nascer esta bela nação à beira-mar plantado, a que todos aprendemos a chamar Portugal, que é um país despesista e a viver acima das suas possibilidades, e sem um rumo claro. Foi assim quando demos a conhecer o mundo aos mundos, foi assim quando descobrimos o ouro no Brasil, foi assim quando encontrámos as especiarias no Oriente, foi assim quando recebemos as fortunas da então CEE e continua a sê-lo. Desde Afonso Henriques até Socrates, passando por Salazar, Cavaco, Guterres, muitos são os responsáveis pelo Portugal de hoje. Todavia, mais do que aqueles que nos governaram, somos todos nós responsáveis pelo estado critico a que chegamos.
Orçamento de Estado leva-nos a falar da Dívida Portuguesa. Portugal é um país endividado, desde as famílias, passando pelas empresas e o próprio Estado. É na dívida do estado que está um dos graves dos problemas do nosso país. Porque os políticos/gestores estão próximos é aí que temos que começar a pedir responsabilidades. Alguém percebe que por exemplo o crédito bancário tenha aumentado em 2007 (+22,8%) e este não se reflectiu num aumento de investimento (- 5%)???!!! Compreende-se que o endividamento da administração Local ascenda a 7 124 Milhões de Euros?
Não é, nem pode ser admissivel! É aqui que o monstro chamado dívida começa a crescer. Todos nós em nossas casas sabemos que se ganhamos 100, não podemos gastar 110.
Note-se que o endividamento começou a diminuir em 2009 e começa em 2010 a notar-se alguma melhoria, principalmente depois de aprovado o Decreto-Lei que impede o endividamento acima da própria capacidade de endividamento. Como pode a economia crescer quando quase um terço das Câmaras paga aos seus fornecedores com prazos superiores a 90 dias? Existem Câmaras que pagam a 180 dias, ou seja, recebem o material e só efectuam o pagamento meio ano depois.
Deixo aqui também duas medidas que poderiam ser tomadas e com as quais o Governo ia poupar aos portugueses cerca de 42,5 Milhões de Euros. A eliminação dos Governos Civis iria poupar ao Estado aproximadamente 27,5 Milhões de Euros. Com a reorganização do mapa autárquico, eliminando a maioria das freguesias com menos de 1000 eleitores o Estado iria poupar cerca de 15 milhões de euros.
Não podia  terminar, sem deixar de desejar um 2011 cheio de Saúde, Sucesso e Muito Trabalho.
Pedro Dias

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